Um Novo Covil – 4 Anos de História!

É isso mesmo: o Covil está há 4 anos no ar! Claro que não foram 4 anos de super-atividade e, além do mais, 2011 nem foi muito produtivo para este blog, que contou com poucas atualizações. Mesmo assim as visitações e os comentários nunca pararam e, para minha surpresa, apenas aumentaram, fechando o ano com quase 3 mil visitas a mais que no ano anterior, ou seja, cerca de 22.000 acessos! Com uma média de 59 visitantes por dia, 7 a mais que em 2010.

O post mais visitado continua sendo sobre o Drácula, de Bram Stoker, seguido de longe pela interpretação da música “Índios”, da Legião, e pela resenha do livro brasileiro sobre Mitologia Nórdica (o qual, já há dois anos, vem gerando grande discussão nos comentários, inclusive com a ilustre presença do autor do livro, A. S. Franchini).

Neste ano, o Covil ultrapassou a marca de 68 mil visitas e a página de Contos já está à beira dos 2 MILHÕES de visualizações, com dezenas de comentários de alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, que têm na área de Contos do Covil, uma ferramenta para realizar e aprimorar seus trabalhos escolares. Além, claro, de diversos apaixonados por literatura que por lá passeiam para se deliciarem com os mais variados contos da Literatura Universal.

E para comemorar tudo isso, este orc que vos escreve preparou uma grande reforma em todos os salões. O conteúdo continua o mesmo, mas as paredes foram pintadas e alguns cômodos redecorados. Tudo para uma melhor apreciação de todos aqueles que por aqui passeiam.

E agora temos uma página no Facebook. Basta clicar em curtir, na caixinha aí do lado, para receber em seu perfil todas as atualizações que aqui forem feitas!

Espero que gostam do novo visual!

Reforma Ortográfica – Mudanças e Interesses

O artigo abaixo é mais um escrito pelo Magalhães
e fala não só por ele mas por muitos brasileiros
ao expôr dúvidas sobre a Reforma ortográfica,
em vigor nos países de língua portuguesa desde 1º de janeiro de 2009.  Abaixo estão seus pontos de vista sobre a ambigüidade
da reforma e a confusão que ela provavelmente irá causar:

reforma-ortografica

De fato fará falta alguns dos acentos e sinais gráficos derrubados com a reforma ortográfica que entra em vigor em 2009. Medo da mudança? Medo do novo? Não. É constatação de uma atitude sem fundamento lógico. Tudo evolui, o mundo evolui, o dia termina e começa de novo totalmente diferente. A pergunta que fica é porque o idioma que falamos, símbolo que lembra uma época dominadora, não pode se adequar às diversas regiões do mundo onde foi imposto?

A impressão que se tem é que o Brasil, um dos países que mais impulsionaram a reforma ortográfica, quer, de uma forma disfarçada, viver a dominação cultural que outrora foi vítima. Num retrocesso histórico, a reforma está na contra mão do mundo. Trata-se de um desrespeito oficializado às culturas que poderiam enriquecer a maneira de falar português. Mas não. Ao contrário a reforma vem colocar todos num único pacote lingüístico. Mais uma vez a língua se torna um instrumento de anulação da identidade de cada povo que se comunica através dela. Uma vez que já é inevitável que as línguas maternas, como no Brasil foi o Tupi Guarani, tenham entrado em estado de coma, mais uma vez subjuga-se o povo a versar no português de uma maneira que eles desejaram que fosse.

Outra pergunta séria que deve-se fazer nesse momento que antecede a entrada em vigor da nova regra gramatical é: porque os povos, nas diversas comunidades mundo afora, não puderam opinar sobre a necessidade ou não de se modificar a língua escrita? Quantos motivos financeiros, além dos políticos, não existem nessa atitude de reforma da língua?

mapaÉ de fato algo de instigador perceber que não existe o mesmo esforço desses países atingidos pela reforma da língua portuguesa em cultivar e manter viva sua cultura. Resultado: uma reforma que interessa a bem poucos e mexe na vida de muitos. A reforma atinge 0,5% das palavras da língua portuguesa no Brasil, no entanto o que parece pouco, tem um significado de amordaçar mais uma vez a liberdade das culturas africanas, asiáticas e latinas onde se fala o português com sotaque e estilos próprios de cada lugar. Muitos argumentos surgiram na mídia neste contexto, mas nem um deles é capaz de fomentar no povo brasileiro a razão de se modificar o registro escrito de certas palavras. Para um país recordista em analfabetismo a reforma é uma incógnita para milhares de pessoas. Uma outra reforma ainda mais relevante já vem sendo feita nos diversos cantos desse país e das outras nações. Mas o oficialismo, essa ferramenta de brutalidade ideológica, há muito fez com que cidadãos de uma gramática simples se culpassem por sua maneira de falar. E o que fazer com a reforma surgida nos sites de relacionamento? Há alguma resposta para essa modificação da escrita? Assim, existem perguntas que ficam no ar. E o pior unificar nossa maneira de escrever é, nesse caso, silenciar outras vozes. A língua tem que se adequar a cada cultura que a pratica, não o contrário.

Lucas Magalhães é estudante de Jornalismo na UNIS e estagiário da EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, em Varginha – MG.

Este artigo foi publicado originalmente na revista semestral CS Magazine, em dezembro de 2009.